terça-feira, 1 de outubro de 2024

Acácia... "Acácia" você se conseguir!


A  Acacia longifolia (Andrews) Willduma leguminosa (família das fabáceas), integra a lista nacional de espécies invasoras que pelo Decreto-Lei n.º 92/2019 de 10 de julho é definida como:

«Espécie invasora» — espécie exótica cuja introdução na natureza ou propagação num dado território ameaça ou tem um impacto adverso na diversidade biológica e nos serviços dos ecossistemas a ela associados, ou tem outros impactos adversos.

Não será necessário percorrer muita área inculta para verificar que tanto a Acacia longifolia como a Acacia dealbata Link. (mimosa), são vorazes "predadores" de espaços incultos e tomam conta de áreas com potencial agrícola  e florestal com uma rapidez tal que chega a ser assustador.

Ambas nativas da Austrália, também por cá encontram (clima mediterrâneo) condições favoráveis à sua propagação e desenvolvimento, o que as torna de difícil controlo.

Como se controla então?

Pergunta para 1 milhão de euros!

A resposta está no ordenamento e manutenção dos espaços agroflorestais mas isso, tema antigo e com barbas, só será feito quando políticas assertivas forem postas em prática mas, para tal, necessitamos de políticos manifestamente mais atentos, preocupados e visionários!

Para além do controlo físico (arranque, corte, fogo controlado......) o controlo químico (herbicidas) ou a mistura de ambos, são as ferramentas mais utilizadas neste tipo de combate que exige resiliência...muita, pois são caros e com resultados pouco satisfatórios!

Poderá haver males que vêm por bem e, neste domínio, nem todas as pragas são "mal feitoras". Existem pragas que reduzem a produção de sementes e simultaneamente o vigor vegetativo, que aliado a todos os restantes meios de luta, pode de facto baixar muito o nível de infestação, contribuindo para um aumento da biodiversidade e da resiliência dos sistemas ecológicos!

Um dos insectos que está sendo utilizado no controlo da  Acacia longifolia é um himenóptero - Trichilogaster acaciaelongifoliae - que não é mais que uma praga específica da éspecie vegetal em causa.

Este insecto, vulgarmente denominado vespa das galhas, perfura os botões florais e reduz a quantidade de semente bem como o vigor vegetativo da planta. 

Foto: Invasoras.Pt   


Não é por certo a panaceia absoluta, mas, virá dar uma grande ajuda no combate, onde já é há muito utilizado na África do Sul com excelentes resultados, estando agora em condições de ser utilizado em Portugal após vários anos de estudo do seu ciclo biológico na zona de Pataias e S. Jacinto (EPPO Reporting Service 2024 no. 9 – Biological Control Agents).


A utilização de um método natural para o controlo de uma planta invasora em Portugal foi utilizado pela primeira vez com este agente em específico, no entanto, o conhecimento científico sobre este organismo está documentado há mais de 30 anos na África-do-Sul. Neste país resultou numa diminuição em mais de 85% da produção de sementes na acácia-de-espigas. Em Portugal, a investigação decorre desde 2003, a cargo de investigadores da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.

ICNF.24.março.2021


Foto: ICNF

A questão que se coloca é se o insecto poderá utilizar outros hospedeiros para completar o seu ciclo de vida? Se isso acontecer poderá ser pior a emenda que o soneto pois espécies agrícolas e florestais poderão estar em risco. De acordo com investigadores da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra isso não acontecerá pois o insecto é específico da Acacia longifolia.

A vespa das galhas do castanheiro (Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu) é um insecto semelhante, o qual os produtores de castanha conhecem bem e que tem provocado prejuízos enormes ao setor ao diminuir o potencial produtivo das árvores. Para este problema tem-se recorrido a largadas de um insecto parasitóide específico (Torymus sinensis) com excelentes resultados pois diminui de forma significativa a população do Dryocosmus kuriphilus.

No caso particular da acácia, o que se pretende é que o insecto provoque as galhas e também contribua para uma diminuição do potencial reprodutivo da espécie. Contrariamente à vespa das galhas do castanheiro, que desejamos que a população do agente causal  diminua, aqui, queremos que a vespa da galha dos botões  da acácia se dissemine por todo o país para que possa ser um agente de controlo e reduza assim o nível de infestação desta espécie, que, além de ser um problema grave na gestão do território é um problema grave na redução da biodiversidade dos ecossistemas agroflorestais.





sábado, 30 de março de 2024

SPRING - certificar para a sustentabilidade



O Programa Sustentável de Irrigação e Uso de Águas Subterrâneas (SPRING)
é uma das novas exigências do mercado retalhista.  Este programa será implementado como um anexo (add-on) do referencial GLOBALG.A.P. e para que seja válido terá o operador de estar certificado pelo GLOBALG.A.P., ou seja, o módulo SPRING não é uma certificação isolada. O operador, caso o seu cliente o exija, terá de incluir neste próximo ciclo de certificação este módulo, bastando para isso contratualizar com a sua entidade certificadora (OC) mais este módulo.


Poderemos e deveremos sempre questionar o porquê destas coisas, pois afinal é mais um custo de produção. Poderemos e deveremos olhar em volta e tentar perceber se é uma mais valia. São perguntas em que as respostas não agradarão a todos, pois cada um terá uma visão diferente do mercado, do planeta e dos seus objectivos. Será então importante olhar para factos e para determinados aspectos para que a tomada de decisões seja informada.


Estes são alguns dos números que nos poderão fazer refletir:

Fonte: WWW.Globalgap.org (dados até 31/12/2022)

Se tantos o fazem, em tantos países e em tanta área, então esta será a tendência futura. Porquê ficar para trás?

Quais os benefícios para os produtores?

  • Identificar e mitigar os riscos associados à utilização da água na cadeia de produção;

  • Aumentar a eficiência do uso da água através da eficiência dos sistemas de rega;

  • Diminuir os custos associados ao consumo de água melhorando a gestão e o controlo da água;

  • Eficiência no uso da água promovendo a sanidade vegetal e a eficaz utilização de fertilizantes;

  • Proteger as fontes e captações de água preservando assim um recurso escasso;

  • Cumprimento da legislação relacionada com a água evitando contra-ordenações;

  • Demonstração de preocupação com o recurso água perante os Clientes, Consumidores e Entidades Reguladoras chegando assim a mercados que de outra forma se fecham.
Perante os benefícios acima expostos cada um tomará as suas decisões.
Existem duas versões do Módulo SPRING. A versão 1.1-1 e a Versão 2 que estão ambas em vigor até à data.

A versão 1 deverá ser adoptada pelos operadores que estão certificados na Versão 5.4 do GLOBALG.A.P. e a versão 2 do SPRING deverá ser adoptada pelos produtores que irão migrar par a versão IFA V6 smart/GFS. Apenas de salientar que a IFA V6 GFS ainda não está em vigor e neste momento quem migrar para a versão 6 do GLOBALG.A.P. só poderá ser certificado pela IFA V6 smart.

Como se processa ?

- Estar certificado pelo GLOBALG.A.P.;

- Contratualizar com a entidade certificadora (OC);

- Ter uma autoavaliação antes da auditoria do OC;

- Ter evidências com pelo menos 3 meses de antecedência relativamente à auditoria pelo OC de que cumpre os requisitos do referencial;

- Em caso de certificação, é emitido um certificado válido por 1 ano que será renovado anualmente (a 1ª auditoria poderá ser efetuada desfasada da auditoria do GLOBALG.A.P. mas, posteriormente, coincidirá com ela).

Existe uma check-list com princípios e critérios dos quais se destacam:
  • Conformidade legal das fontes de água e taxas de extração;
  • Monitorização do consumo de água;
  • Impacto dos produtores na gestão sustentável das bacias hidrográficas
  • Melhores práticas na gestão da água
  • Proteção das fontes de água
  • Medidas para demonstrar a melhoria contínua da gestão da água

A check-list do referencial SPING está dividida uma divisão em 3 categorias:

- Obrigações maiores (100% de cumprimento);

- Obrigações menores (75% de cumprimento relativamente aos pontos aplicáveis);

- Recomendações (sem nível de cumprimento).

a checklist está disponível em várias línguas em: Search (globalgap.org)

Como súmula, poderei afirmar que, apesar de a certificação SPRING ser um módulo voluntário, esta voluntariedade estará sempre condicionada pela vontade do nosso cliente (retalhista), pois quem compra exige e impõe regras, mas esta será, certamente, a visão redutora relativamente ao tema. A visão alargada e na vanguarda da atividade agrícola é a que nos leva a dar passos em frente e este é um deles, sem dúvida!!!

Preservar os recursos hídricos e produzir com sustentabilidade não poderá ser uma imposição mas sim uma opção em nome de todos nós e das gerações futuras - mudar de paradigma é imperioso, mudar a estratégia é urgente e dar uma outra imagem do que somos e do que fazemos é uma necessidade, só dessa forma reconhecerão a nossa importância pois a nosso fim é a fome dos demais!




quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Pulverizações e Pulverizadores 2


 Quando o tema é pulverizações e pulverizadores deparamo-nos com uma passividade assustadora no sector. Este ano houve (há) problemas fitossanitários de bradar aos céus e temos vinhas com perdas na ordem de grandeza que chega aos 75% (mais em alguns raros casos). São anos como este que nos deveriam obrigar a uma reflexão profunda sobre o estado dos equipamentos e de como as pulverizações são feitas. Espero que a visualização do vídeo contribua para essa reflexão.
Este é o segundo vídeo sobre o tema, que tive o prazer de participar nesta parceria com a Syngenta e o seu  "Minuto Verde" onde o entrevistador (amigo César Trigo) revela um excelente dote de "Jornaleiro"! :-)

https://www.dgav.pt/destaques/noticias/declaracao-de-existencias-de-galinhas-poedeiras-periodo-obrigatorio-de-declaracao-setembro-2023/

 No mês de setembro decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Galinhas Poedeiras, conforme Aviso da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, publicado neste portal.

A declaração de existências poderá ser efetuada diretamente pelo produtor através do seguinte endereço de internet https://avidec.dgav.pt, ou em alternativa em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais.

Mais informação poderá ser consultada no sitio da internet da DGAV

terça-feira, 22 de agosto de 2023

https://www.dgav.pt/destaques/noticias/declaracao-de-existencias-de-apiarios-2023/

 Nos termos do artigo 3.º do Decreto-Lei nº 203/2005, de 25 de novembro, e do Despacho nº 4809/2016 de 8 de abril, os apicultores devem proceder à declaração anual de existências de 1 a 30 de setembro de 2023.

A Declaração poderá ser efetuada diretamente pelo Apicultor na Área Reservada do Portal do IFAP em www.ifap.pt, ou na Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da respetiva Região (ver contactos), ou nos seguintes serviços da DARP Alentejo (ver) e Algarve (ver) ou ainda nas Organizações de Apicultores protocoladas com o IFAP para o efeito.

sábado, 11 de abril de 2020

Utilização de Máscaras (APR)

Mais do que estarem na "moda", estão no centro da discussão e da controvérsia: falo de máscaras!
Esta controvérsia resulta de informações dissonantes a nível mundial. Uns advogam que sim, outros que não e outros que "nim". E... quem tem razão?
O que temos assistido, relativamente a esta pandemia, é que os países que impuseram o uso obrigatório de máscara foram (são) aqueles que melhores resultados estão a ter nesta luta contra a proliferação do vírus. A acreditar que são verdadeiros os dados revelados, poderemos de forma simplista dizer que SIM... sim o uso obrigatório da máscara tem efeitos positivos na luta contra o vírus. Na realidade, nas mais diversas área profissionais, o uso de máscaras é uma prática corrente e até mesmo obrigatória no âmbito da segurança e saúde no trabalho.
Ao longo dos últimos 20 anos, tanto como utilizador como formador, em acções onde este tema é tratado com regularidade e naturalidade as máscaras estiveram presentes e nunca duvidei do beneficio do seu uso, mas alimento sérias dúvidas se o seu uso é efectivamente benéfico. Parece um paradoxo, mas, na realidade, e "trocando a prelecção por miúdos", não é. O seu uso é efectivamente benéfico mas o seu uso incorrecto, que acontece em grande parte das vezes, torna-as inúteis e potencialmente perigosas!
 Quando nos referimos a máscaras, estamo-nos a referir a um equipamento APR (aparelho de Protecção Respiratória), que faz parte do EPI (Equipamento de Protecção Individual).


 Máscara - Dispositivo com viseira incorporada que protege boca, nariz, olhos e face em simultâneo (imagem 1).

Semi-máscara - Dispositivo que apenas protege boca e nariz (imagem 2). Neste caso a semi-máscara é designada por máscara auto-filtrante ou Filtro Facial (FF)




Importa, definir alguns conceitos:

Perigo: é uma característica intrínseca do "sujeito", ou seja, o potencial que algo tem para ser adverso à saúde.
Risco: é a probabilidade de determinado evento acontecer face a uma condição de exposição.

Quanto mais baixa for a exposição a um determinado perigo mais baixo será o risco, assim, para reduzir o risco é necessário reduzir a exposição.
A figura abaixo elucida bem estes dois conceitos e a diferença entre eles e é importante que se compreendam para depois entender o papel das "máscaras" em todo este processo da COVID 19.


Os APR (Aparelhos de Protecção Respiratória - vulgo máscaras) podem ser de 2 tipos:

APR Isolantes - independentes da atmosfera envolvente (não são estes que nos interessam para o caso vertente pois obrigam a ter um sistema de fornecimento de ar autónomo).

APR Filtrantes - dependentes da atmosfera envolvente (é destes que irei falar, pois é aqui se se incluem as semi-máscaras de uso comum utilizadas para protecção contra o coronavírus).

Os APR Filtrantes podem ainda ser de pressão negativa ou positiva. Irei abordar apenas os de pressão negativa, que são os que necessitam do nosso esforço respiratório para "obrigar o ar a passar pelo filtro, pois são estes, uma vez mais, os que estão em causa e no centro da controvérsia.
Para que o ar que inspiramos seja "limpo" de agentes físicos, químicos ou biológicos, será necessário que o mesmo passe através de membranas filtrantes que designamos por filtros. Ora estes filtros podem ser filtros de partículas, de gases ou combinados. Para a situação do coronavírus as "máscaras" equipadas com filtros de partículas são suficientes, porque filtram partículas sólidas e líquidas em suspensão (que poderemos, sem grande rigor, chamar aerossóis).

A capacidade filtrante dos filtros é dada pela sua classe e é a seguinte:

Classe P1 - baixa eficácia (grau de penetração 20%)
Classe P2 - Média eficácia (grau de penetração 6%)
Classe P3 - Alta eficácia (grau de penetração 1%)

O fabrico de máscaras têm normas para que a sua qualidade esteja de acordo com os padrões. Uma das normas pela qual os fabricantes têm que se reger é a EN 149-2001,  entre outras e os fabricantes são obrigados a colocar nos equipamentos ou na sua embalagem algumas informações.
Vejamos o que deveremos ter em conta na aquisição de um APR (aparelho de proteção respiratória) e o significado das inscrições.

Marcação CE - 
A presença da marcação CE nos EPI indica que os mesmos cumprem os requisitos harmonizados, permitindo que sejam comercializados em qualquer local da União Europeia. Esta condição é aplicável a produtos fabricados em países terceiros e importados para a UE. Por isso, aquando da aquisição, terá de ser um critério de escolha por parte do consumidor!

Os APR têm uma capacidade filtrante e para que possam proteger adequadamente contra agentes químicos ou biológicos terão de ser da Categoria III:
São EPI’s de design complexo, destinados a proteger o utilizador de qualquer perigo mortal, ou que possa prejudicar gravemente e de forma irreversível a sua saúde; por exemplo:
  • Todos os dispositivos de protecção concebidos e fabricados para proteger contra quedas de altura.
  • Todos os equipamentos de protecção respiratória para proteger contra os aerossóis sólidos e líquidos ou contra gases.
  • As máscaras terão que ser da categoria 3. (Cat III).

Interpretação da informação:

  • CE 0194, que significa que a máscara foi sujeita a uma avaliação de riscos;
  • EN 149:2001 + A1: 2009 - as normas que o fabricante seguiu para colocar a "máscara" no mercado;
  • FFP2 - Significa que este equipamento é uma peça autofiltrante, ou seja, que a própria "máscara" toda ela é constituída pelo material filtrante. As letras FF significam Filtro Facial. Neste caso é um filtro facial de classe 2 (média eficácia);
  • NR - significa que é "Não Reutilizável", logo, usa-se e... claro, deita-se fora após cada utilização. Se tiver a letra "R", então sim, pode ser reutilizada.

Fonte: IPQ

  Bem, depois do exposto acima, então poderemos verificar que, em bom rigor, só estaremos devidamente protegidos se utilizarmos "máscaras" com marcação CE + nº organismo que procede à avaliação de risco e que essa "máscara" seja da Classe P (preferencialmente P3) e não deveremos reutilizar a "máscara" se tal não for indicado.

Uma vez que já sabemos as características das "máscaras", vamos abordar as questões da utilização. Uma "máscara" com alto nível de protecção se for mal utilizada é pior do que não usar nenhuma ou pior do que usar uma de baixo nível que seja bem utilizada.

Regras na colocação e utilização da "máscara":

Barba: Para as senhoras está resolvido o dilema... e para os Homens de barba rija? Bem, o mais curta possível ou de preferência barba desfeita, permitindo uma melhor aderência ao rosto. Queremos impedir que partículas abaixo dos 50 Mícrons entrem para o interior da máscara e se houver zonas de fuga serão também essas as portas de entrada!



Colocação: O interior da "máscara" nunca pode ser tocado com as mãos ou luvas pois poderemos estar a colocar no interior da "máscara" partículas contaminantes que depois vão entrar nas vias respiratórias.




















(Clique na imagem)


Os elásticos que seguram a "máscara" deverão ser colocados correctamente. O elástico inferior da "máscara" na parte inferior da nuca (pela parte de baixo das orelhas) e o elástico superior da "máscara" na parte média da nuca (pela parte de cima das orelhas).

Depois da "máscara" colocada no rosto há que ajustar bem ao rosto e ao nariz. As "máscaras" têm uma parte onde existe uma tira metálica ou de outro material flexível que permite o ajuste correcto. 


Erros comuns a evitar:
(Clique na imagem)

Perante tudo isto, fica claro que a "máscara" tem regras e exige boas práticas no uso, caso contrário dá uma falsa sensação de protecção. Será fatal!
São muitos os maus exemplos de utilização destes dispositivos de protecção e os utilizadores vagueiam felizes e contentes pensando estar protegidos. Não estão!
É bom referir também que não há dispositivos que reduzam o risco a "zero". O que há é dispositivos que minimizam o risco, e é assim que têm que ser encarados. Medidas e dispositivos complementares, caso existam, deverão ser utilizados e, neste caso, as medidas são a higienização das mãos e o distanciamento físico. A "máscara, deverá ser o último reduto, a última barreira de protecção, ou seja, se tudo o resto falhar, a "máscara" está lá e espera-se que seja a adequada e que esteja a ser bem utilizada, para minimizar o risco e potenciar a protecção!
Relativamente à polémica, se deve ou não ser usada, talvez ela não seja recomendada (ou não tenha sido recomendada) por falta de stocks disponíveis, ou por outra razão qualquer que desconheço. 
A imagem seguinte reflecte bem o que se passa quando se espirra.

Desta forma o uso de "máscara" é benéfico para todos:
- se espirrar impede a projecção de partículas possivelmente contaminadas;
- e minimiza o contacto com partículas possivelmente contaminadas.

Resumo:
As "máscaras" são dispositivos de protecção respiratória (APR) que sendo autofiltrantes são designadas por filtros faciais (FF) e têm uma classe de protecção (P1, P2, P3), sendo as FFP3 as mais seguras e as que garantem a melhor protecção.
Protegem o próprio e o próximo mas a sua correcta utilização é a única forma de isso acontecer, caso contrário, cria uma falsa sensação de protecção e, como diz o ditado, "é pior a emenda que o soneto".
As "máscaras" terão que ter marcação CE e se forem "Não Reutilizáveis" após cada utilização deverão ser inutilizadas, o que pressupõe que temos de ter mais que uma "máscara" por dia para utilizar. São, de uma maneira geral, mal utilizadas pela população por falta de conhecimento/ formação.
Devem ser encaradas como último reduto da protecção, ou seja, utilizadas simultaneamente com todos os outros cuidados emanados pelos serviços oficiais.

Conclusão:
O uso da "máscara" é benéfico desde que feito de forma correcta (colocação e uso); 
"Máscaras" cirúrgicas, P1 e P2 apenas protegem o próximo. Deveremos utilizar uma "máscara" FFP3, para completa protecção do próprio e do próximo;
A "máscara" Não Reutilizável é de uso único, isto é, após cada uso deverá ser inutilizada;
A "máscara" deverá ser encarada como o último reduto da protecção e todas as outras recomendações e medidas mitigadoras do risco deverão ser postas em prática em simultâneo.


Com abnegação, perseverança, paciência ... vamos superar o "bicho"!

Saúde!


Nota: sempre que se utiliza o sinal gráfico aspas na palavra máscara significa que o termo correcto a utilizar deveria ser semi-máscara.



Acácia... "Acácia" você se conseguir!

A   Acacia longifolia  (Andrews) Willd ,  uma leguminosa (família das fabáceas), integra a lista nacional de espécies invasoras que pelo Dec...