sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal...


Que este ano se mofine depressa e que o próximo seja encarado com a força de um toiro bravo... até lá um FELIZ NATAL A TODOS!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Isabel II ganha com agricultura? Bruxelas diz que não...

Comissão Europeia quer impedir que Rainha de Inglaterra aceda a ajudas agrícolas


No Reino Unido, nem mesmo os reis e as rainhas têm a vida facilitada. Prova disso, é que a Rainha de Inglaterra está a ter dificuldade em aceder aos subsídios agrícolas. Isto porque, a União Europeia (UE) está a tentar uma forma de impedir que os grandes proprietários agrícolas, com a Rainha de Inglaterra ou a Nestlé, tenham acesso a centenas de milhares de euros só de subsídios.

É preciso «fazer mais com menos», considerou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), citada pelo «Jornal de Notícias». Esta medida, presente no seu relatório de Avaliação das Reformas Políticas da Agricultura na UE, pretende criar «uma janela de oportunidade» no preço das matérias-primas.

As recentes reformas da Política Agrícola Comum (PAC) têm reduzido as alterações nos mercados. É preciso redireccionar a PAC para se passar «do forte subsídio aos rendimentos ao apoio a investimentos num sector agro-alimentar forte e competitivo» disse Ken Ash, director da OCDE.

Só nas últimas décadas, os apoios públicos às receitas agrícolas diminuiram de 39% em 1986-1988 praa 22% em 2008-2010. Esta quebra deve-se em grande parte ao aumento dos rendimentos, o que retirou o acesso a alguns subsídios.

Já no próximo dia 12, a Comissão Europeia vai apresentar uma nova proposta de reforma da PAC ,o que na prática, vai limitar os pagamentos aos agricultores activos. No que respeita às grandes explorações com pouca mão-de-obra será criado um valor máximo para os apois concedidos.
Texto integral retirado de: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/pac-agricultura-subsidios-ocde-isabel-ii-bruxelas/1286685-1730.html

A minha opinião

Acho mal!
Acho mal muito mal... a UE não está a ver bem o filme histórico e, se tivesse estudado a lição antes de publicitar estes disparates, teria verificado que a realeza não perde direitos e a ela nada se tira; o povo sim, ao povo pode tirar-se!
Depois, mais uma vez a UE está a assumir uma postura arrogante e que revela pouco respeito e educação pelos mais velhos. A Rainha é mais velha que a própria UE e isso não se faz à senhora... com a idade que tem quando souber do sucedido ainda lhe dá uma coisa má e ficará por certo mais caro à UE (e a nós todos) o valor da indeminização que o mísero subsídio que ela irá receber... ainda por cima, com um bocado de jeito e sorte, a UE nem teria de dar nada à senhora Rainha de forma justificada porque às tantas ela tem o parcelário mal feito e nem o foi retificar dentro dos prazos estabelecidos;
Depois, continuo a achar mal, porque sem a ajuda da UE o Palácio de Buckingham deixa de ser competitivo e rentável e vai dai está-se mesmo a ver que uma data de trabalhadores poderão ir para o fundo de desemprego (uma vez mais pagos pela UE e por nós)...
Não acho portanto nada bem e se necessário for eu abdico do meu RPU (UPR lá na Inglaterra) em prol da senhora, já bem lhe basta não poder utilizar gasóleo agrícola no Bentley, quando vai regar as orquídeas que ficam numa ponta do jardim a 35 Km do palácio, e lhe terem também cortado a electricidade verde...
Quanto à Nestlé... acho bem porque eles não andam a utilizar o subsídio para fazer baixar o preço do chocolate e pegam no dinheiro para ir passar férias ao palácio da Rainha...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vindimas Parte 4...

Caros amigos... mais um ano de vindimas... mais um S. Miguel!
Qual a qualidade das uvas que vamos vinificar? A qualidade é variável de ano para ano e, neste em particular, temos uma matéria prima resultante de uma campanha que se revelou difícil em termos de fitossanidade (míldio, oídio…), pelo que em determinadas zonas do país temos uvas que estão afectadas negativamente. Se em determinadas regiões vitivinícolas as vindimas terminam cedo, na Região dos Vinhos Verdes estas entram pelo Outubro dentro, altura em que normalmente as chuvas começam a fazer estragos.
“Há portanto uma necessidade premente de tratar o que tão bem é tratado pelas mãos delicadas do povo vindimador”!
O processo que a seguir se explana serve de orientação para as vinificações feitas por amadores (que fique bem claro!)
Falarei da vinificação de uvas brancas e numa outra oportunidade abordarei a vinificação de uvas tintas.
Colheita
As uvas deverão ser colhidas com o máximo cuidado para chegarem ao lagar o mais intacto possível e o mais rápido possível. Evitar o esmagamento durante o transporte e a exposição excessiva ao calor para que não haja fermentações antecipadas do mosto nem haja fermentações a temperaturas impróprias que darão origem a vinhos de má qualidade e com tendência para “adoecerem” na vasilha.
Receção
Depois de rececionadas, as uvas são desengaçadas e esmagadas.
O processo de desengace evoluiu muito e agora os desengaçadores, na sua maioria, estão associados aos esmagadores, e um bom esmagador/desengaçador deverá retirar todo o cango sem o macerar e sem esmagar as grainhas.

Vantagens do desengace
• Permite um aumento da graduação alcoólica, uma vez que o cango contém água e não açúcar;
• Verifica-se um melhoramento a nível gustativo, pois os componentes do engaço têm gostos adstringentes, vegetais e herbáceos, permitindo assim conservar a finesse;
• Permite economizar espaço, uma vez que o engaço representa cerca de 3 a 7% da vindima em peso e 30% em volume, implicando a utilização de um menor número de cubas de fermentação, a manipulação e prensagem de menor quantidade de bagaço;
• Obtém-se ganho em cor, pelo menos no imediato, pois evita a fixação da matéria corante do engaço.
Desvantagens do desengace
• O engaço facilita a condução da fermentação, pois absorve calorias e pode evitar temperaturas excessivas uma vez que permite a entrada de ar. Geralmente, as fermentações com o engaço são mais rápidas e mais completas;
• A prensagem com o engaço torna-se mais fácil ;
• O desengace acentua as dificuldades da vinificação; não existem problemas de fermentação em vindimas não desengaçadas;
• O desengace pode aumentar a acidez da vindima, pois o engaço é pouco ácido, mas rico em potássio.
• ESMAGAMENTO

• A operação de esmagamento consiste no rompimento da película da uva, de modo a libertar polpa e sumo. O grau de esmagamento é definido pelo espaço entre rolos, e uma vez que o tipo de esmagamento exerce influencia sobre toda a vinificação, sobre a conduta da fermentação e da maceração e também sobre a qualidade do vinho que se obtém, é necessário que o mesmo seja adequado sem ser demasiado prolongado nem ser efectuado por forma a esmagar as grainhas.
• Este processo, além de proporcionar um arejamento do sumo, permite colocar em contacto o açúcar do interior da uva com as leveduras que se encontram à superfície das películas.
• O esmagamento é feito mecanicamente.






Depois de desengaçado e de esmagado o vinho branco é feito de bica aberta, isto é, as uvas não fermentam juntamente com a “manta” como acontece nos tintos.
Os bagos previamente esmagados deverão ser posteriormente prensados, operação esta que consiste na extração do sumo da uva (mosto).
Há vários tipos de prensas e estas deverão ser adquiridas em função da dimensão da exploração.


Decantação
A decantação consiste em separar duas fases, a liquida e a sólida, normalmente denominada
de borras, antes da fermentação alcoólica.
Depois de ocorrer a prensagem há em suspensão várias partículas como resto de película e
engaço, pó, entre outros resíduos.
Depois do vinho colocado na cuba de fermentação (vasilha), ocorre a sedimentação das partículas em suspensão pela ação da força da gravidade, e este processo é tanto mais rápido e eficaz quanto menor for a altura da cuba e, claro, depende também do tamanho e natureza das partículas em suspensão.


Nesta fase é importante evitar durante 12 a 24 horas que o vinho entre em fermentação pois além de impedir a decantação favorece o desenvolvimento de maus fermentos. Há, portanto, que adicionar anidrido sulforoso (SO2) sulforoso, que é um produto com um grande poder anti oxidante, um inibidor de enzimas oxidásicas, combina-se com os produtos de oxidação, estabiliza os pigmentos antociânicos, evita a ocorrência de diversos acidentes e assegura a inibição de uma larga gama de micoorganismos.
Deve ser usado com cuidado porque em excesso induz mau gosto ao vinho (ovos podres) e pode amuar a fermentação (Há legislação específica sobre as quantidades máxima que um vinho pode conter e nos rótulos faz referência que contém sulfitos).
Poderemos adicionar metabissulfito de potássio à razão de 10 a 15 g/hl ou solução sulforosa a 6% à razão de 50 ml/hl.


Há depois que realizar uma trasfega (12 a 24 horas) e adicionar leveduras para um bom desdobramento de açúcares e para que a fermentação não demore mais que o necessário, já que fermentações longas aumentam a acidez do vinho. Também nesta fase se deve adicionar taninos à razão de 10 g/Hl.
Depois do mosto entrar em fermentação, teremos que, diariamente, verificar a densidade e quando o mustímetro acusar entre 1010 e 1050, poderemos envasilhar o vinho.

Há necessidade, posteriormente de mandar analisar o vinho para ver da necessidade de adição de SO2 e outros constituintes (tartárico, cítrico…).

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Informação nos Rótulos


Finalmente, e já não era sem tempo, as empresas começam a colocar nos rótulos informações que vão acompanhando as novas tendências e desenvolvimento do saber nesta área.
Quando se aplica um produto ao solo, seja ele fungicida, insecticida ou herbicida, temos o problema resolvido, pois é fácil pegar numa fita métrica e calcular áreas. O problema é quando se quer aplicar um produto a uma cultura arbórea ou arbustiva que possui determinada massa verde, pois deixamos de falar em metros quadrados de terreno e passamos a falar em metros cúbicos de massa verde, isto é, passamos de área a volume.
Acontece que ainda há muito utilizador, quando se trata de culturas arbóreas ou arbustivas, que aplica os PF sempre em função da concentração independentemente do volume de calda utilizado, ignorando a informação dada no rótulo, informação essa que tem por base a dose (quantidade de produto por hectare). Esta dose de facto refere-se a quantidade de produto por hectare mas, no caso de culturas arbustivas ou arbóreas, refere-se a quantidade de massa verde (volume) que um hectare de terreno possui (área) e isso depende do tipo de condução, da variedade, do compasso de plantação, etc.
Assim, se não é difícil realizar esse cálculo para determinar o volume de massa verde, recorrendo ao TRV (pomares - já muito utilizado na Região Oeste e em função do volume de copa assim se utiliza uma determinada concentração) ou LWA (vinhas - ainda pouco ou nada utilizado em Portugal), também não está acessível a qualquer utilizador menos informado e tecnicamente menos evoluido.
As empresas na tentativa de disponibilizarem a informação que melhor serve os interesses de todos, dão informação em função da concentração para alto volume (1000L/ha) e referem que, caso se utilize equipamentos de médio ou baixo volume (turbina ou atomizadores) a concentração deverá ser ajustada por forma a manter a dose do alto volume.
Acontece que esta informação nem sempre é bem interpretada e o aplicador utiliza concentrações de princípio a fim. Se o volume de calda se aproxima dos 1000L/ha então a dose é aplicada (bem ou mal, pois resta saber se há ou não massa verde que a suporte), caso contrário a dose fica aquém do esperado o que é particularmente problemático nos estados fenológicos de maior desenvolvimento vegetativo.
Surge então uma nova forma de informar que, se não é ainda perfeita, é um bom complemento à anterior, e só estamos à espera que os stocks dos produtos se esgotem para ver em definitivo a informação mais adequada e que melhor sirva os interesses de todos.
Como se poderá ver no exemplo extraído de um rótulo recomenda-se concentrações até determinada fase e a partir do pleno desenvolvimento vegetativo a recomendação passa a ser feita à dose o que permite menos falhas.


Estou convicto que, se todos colocarem nos rótulos tal informação as aplicações serão mais conseguidas e a eficácia vs eficiência andarão de mãos dadas com todas as implicações positivas que isso tem (ambientais, económicas e biológicas e segurança alimentar)!
Coisas há ainda a melhorar na informação que se dá no rótulo, como por exemplo o tamanho das letras e a discrepância entre as fichas de dados de segurança e o rótulo no que diz respeito às medidas de emergência em caso de acidentes, mas a seu devido tempo lá chegaremos...
Esperemos que os sinais dos tempos nos tragam tempos com outros sinais!

domingo, 17 de julho de 2011

Daniel Campelo: Emprego agrícola


O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, quer fazer com que o “mundo rural” volte a gerar emprego.
(Fonte: Correio da Manhã)

Bem, caro vizinho, a ver vamos se faz pela agricultura o que fez por Ponte de Lima, isto é, se coloca a agricultura no mapa das prioridades, da importância económica e estratégica, da empregabilidade, tal qual o fez com Ponte de Lima ao colocar esta Vila no mapa das visitas, dos jardins, das feiras e exposições..., nem que para isso tenha de fazer outra "birra" com ou sem queijos à mistura, desde que promova, apoie e desenvolva políticas sérias para o sector da agricultura e florestas, terá o meu apoio e o de milhares de Portugueses!
Ah, não se esqueça que somos vizinhos e se falhar nas suas promessas quando passar debaixo da minha janela atiro-lhe com um tomate à cabeça!
Bom trabalho...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA COM TRACTORES AGRÍCOLAS

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) fez, no passado dia 16 do corrente, em Santarém, o lançamento da campanha "PREVENÇÃO DA SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA COM TRACTORES AGRÍCOLAS".
Irá ser distribuído um tríptico (que se apresenta a seguir digitalizado na íntegra) o qual alerta para os perigos e sensibiliza...






A minha opinião:
Acho bem, aliás, muito bem, que se faça esta campanha, que, segundo o que sei, irá passar nos meios de comunicação. Mais vale tarde do que nunca e desde já os meus parabéns aos mentores e aproveito para lançar o repto, a quem de direito, para que relancem a "família prudêncio", que se bem se lembram versava o tema de aplicação de produtos fitofarmacêuticos (pesticidas, à época, área essa onde também acontecem acidentes...)
Voltando ao assunto dos acidentes com tractores agrícolas, devo confessar algumas perplexidades que me assombram, a referir:
1ª - porque é que a carta de ligeiros habilita a condução de tractores agrícolas?
2ª - porque não vejo envolvidas nesta campanha todas as organizações do sector agricola?
3ª - porque é que a formação profissional em Operadores de máquinas agrícolas (antigos OMA, agora com outra terminologia e, por ventura, outra intenção) viu a carga horária ser diminuida?

Respostas:
Perplexidade nº1: porque é que a carta de ligeiros habilita a condução de tractores agrícolas?
Ora bem, pois não sei!
Não sei se isto se passa só em Portugal (?), o que sei é que em Portugal não se deveria passar. Conduzir um veículo ligeiro é a mesma coisa que conduzir um tractor, só que um tractor não deveria ser conduzido, mas sim operado. Então aí o caso muda de figura e conduzir um veículo ligeiro não é a mesma coisa que operar um tractor agrícola, o que faz toda a diferença, talvez a diferença entre a vida e a morte!
Sabiam que existem muitos "agricultores de fim de semana ou de início de reforma" que pegam num tractor pela 1ª vez e vão para os campos acidentados do minho e trás-os-montes, colocam os netos na caixa de carga e vão felizes e contentes em direcção a um destino incerto...? Esses "agricultores", logo na primeira curva ou no primeiro socalco têm uma forte probabilidade de ficarem sinalizados com uma cruz onde todos os anos se coloca lá um ramo de flores em sua memória.
Assim, a carta de condução de automovéis ligeiros (e vou mais além, a de pesados também) não deveria dar habilitação para a condução de máquinas agrícolas (já agora também para as motas, o que é outro disparate completo).
Perplexidade nº 2 - porque não vejo envolvidas nesta campanha todas as organizações do sector agricola?
Pois também não sei!
Será que é assim tão difícil reunir consensos em Portugal? Pois deve ser, e vejam o que se passa noutros quadrantes da sociedade, para arranjar uma explicação para o caso, e mais não digo....
Perplexidade nº 3 - porque é que a formação profissional em Operadores de Máquinas Agrícolas (antigos OMA, agora com outra terminologia e, por ventura, outra intenção) viu a carga horária ser diminuida?
Ora aí está uma que eu sei, eu sei esta, iupiiiiiiiii...
Os antigos cursos de Operadores de Máquinas Agrícolas (OMA) agora chamam-se Mecanização Básica e Condução de Veículos Agrícolas de Categoria III. A substituição das palavras "operadores de máquinas" pelas palavras "condução de veículos" muda tudo e faz toda a diferença. Com isto desresponsabilizou-se o operador, logo, menos responsabilidade, claro, menos horas de formação (75 horas a menos se não me engano) e tudo porque há menos dinheiro... é isso, é uma questão monetária! A vida cada vez mais... vale menos!
Seja como for, a campanha é bem vinda e poderia ir um pouco mais além, já que acidentes não passam só pela máquina "tractor", mas, sendo uma campanha da ANSR eu até compreendo!
A cada dia que passa o que se deseja é que se registem cada vez menos acidentes. Isso passa pela sensibilização, pela formação e por algumas mudanças legislativas que terão que ser transversais aos partidos e comuns à politica - a uma política de qualidade que salvaguarde o património agrícola nacional, onde as pessoas também se encaixam!
Bem haja ao projecto!
video da campanha em http://www.ansr.pt/

terça-feira, 5 de abril de 2011

Agricultando parte I


Não posso deixar de me associar (eu e o Horticularidades, o horticularidades e eu) a este grande evento que terá lugar resturante Irene Jardim, Porto, nesta Quinta feira pelas 20 horas, que é o lançamento do Grande livro Agricultando de um ainda maior amigo e ser humano que é o Joaquim Leça.
Este Madeirense de gema, peculiar na sua essência, singular no seu destino e forma de estar, tem feito um trabalho em prol da divulgação da agricultura Madeirense e dos valores que ela encerra, de valor inestimável...
Mais não digo, amigos e desconhecidos apareçam... o horticularidades voltará com fotos e notícias do evento.
Bem haja, Joaquim, tu mereces...
Aquele abraço..."agora cá"

segunda-feira, 21 de março de 2011

Hoje é o dia...

Como horticultor que sou e revelando interesses no âmbito ambiental, não posso deixar de dizer um olá à Primavera!
A primavera começa hoje e, com ela, uma série de acontecimentos em catadupa, alguns dos quais hormonais, nos assolam e nos deixam mais ou menos preocupados em função dos interesses de cada um.
O Governo, cai ou não?
O Porto, é campeão na Luz ou não?
Apanham o Kadafi, ou não?
Os Japoneses, evitam uma catástrofe nuclear ou nem por isso?
E o gasóleo, baixa ou não?
Etc, etc, etc...
Quanto a mim, a pergunta seria mesmo: - e as alfaces que tenho para vender, cobrem o custo de produção ou não? (não, infelizmente!).
Mas nem só de tragédias vive este planeta; este dia merece ser comemorado com alegria por todos, como o fazem as crianças das escolas que neste dizem lhes dizem para se lembrarem da floresta e nos restantes pouco se importam de os continuar a educar para uma cidadania responsável, que é sem dúvida uma cidadania de futuro - falamos da floresta que só por sí é responsável por captar muito dióxido de carbono, de empregar directa e indirectamente mais de 200 mil pessoas e que representa um sector com forte exportação.
Fico sempre muito mais sensível neste dia, em qaue o sol brilha (hormonas, é ao que me refiro, em que as miúdas do liceu mostram as suas barriguitas e os moços andam de camisolas de alças com tatuagens exotéricas e com o cú à mostra).
Passo por eles, principalmente pelos machos e fico logo a pensar na necessidade de reflorestar o País, já que as empresas de celulose não têm matéria prima que chegue para fazer papel, quanto mais para fazer fibras utilizadas nas calças dos ditos cujos... por isso, reflorestemos e preservemos o que de mais importante tem este Portugal - a floresta (mesmo muito antes do turismos, pois no deserto só vagueiam beduínos com os seus camelos...)- para não corrermos o risco de andar com o cú à mostra...
Eu por mim tento educar e sensibilizar ao mesmo tempo que preservar a floresta é uma ideia que me assiste e acompanha, quer através deste blog, quer através da educação e da sensibilização que vou fazendo pelos sítios por onde passo e com as pessoas com quem convivo. Em minha casa, por exemplo, além de se plantarem árvores (fora dela, subentenda-se), o papel que se utiliza é "escrevinhado" ao milímetro e no final ainda vai parar ao sítio adequado - reciclagem...enfim, faço o que posso!
A grande mensagem é mesmo essa: - cada um fazer o que pode e o que faça que faça com sentido de preservação do futuro deste Portugal - pequenos gestos, grandes atitudes!
Mas, neste dia, nem só de floresta se faz o passar das horas, e, por certo, será justo também dizer que este dia é o dia de:
- dia International da Astrologia;
- dia das Mães – na Jordânia, Líbano, Síria e Iêmen;
- dia Nacional da Terra, no Brasil;
– dia do Equinócio de Primavera, no Japão;
– dia de Benito Juárez, no México;
- dia da Independência da Namíbia;
- OMS, Dia Mundial do Sono;
- UNICEF – dia Mundial da Infância;
- ONU - dia Internacional Contra a Discriminação Racial;
- dia Mundial da Floresta (Dia Mundial da Árvore);
- UNESCO: dia Mundial da Poesia;
- dia Internacional da Síndrome de Down;
- dia Universal do Teatro.

Como podem ver, este é o dia em que por todo o mundo há razões para sermos felizes e sorrir a cada passo que damos...
Hoje eu sorrio... por ti, por mim, por Portugal...
Se não plantarem uma árvore, não arranquem nenhuma pelo menos!
Bem haja...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Opinião..., por Domingos Veloso*

Os dias correm apressados em direcção à incerteza, pelo menos para mim... verifico as conversas dos políticos... as mensagens são desanimadoras quase em todos os quadrantes. No entanto lá de quando em vez sopram umas palavras, frases que fazem renascer uma certa esperança. Será somente a grande vontade que tenho em acreditar que este país ainda tem futuro e que este está para breve. Receio tristemente que a cada palavra de esperança, dita por alguém com responsabilidade neste rectângulo, eu me agarre firmemente tal é a minha necessidade de acreditar.
Em tempos, na minha juventude, olhava maravilhado para as caras janotas de dentes bem tratados, cabelos cuidadosamente penteados e fatos, geralmente escuros, de bom corte. As palavras saiam daquelas bocas e espalhavam sabedoria. Eu pensava... Pensava então como seriam inteligentes esses senhores... pensava eu, coitado, limitado, não iluminado... ser comum... nunca poderia aspirar a tal.
Hoje penso... penso que era tudo televisão... afinal ilusão... claro, todos esses bem falantes levaram este país ao ponto onde ele está.
Como foi possível deixar-nos chegar a este estado... como foi possível tentar criar um país moderno, atractivo para se viver sem produzir aquilo que nos faz falta... não falo de carros nem de computadores, embora reconheça a sua mais valia para a economia... neste momento estou a falar de milho, vinho, hortícolas, azeite, fruta, leite, carne ...
Os nossos governantes, hoje, falam em ajudar.. Ajudar?... Eu digo-vos, Srs Governantes, como devem ajudar:
- Eu, produtor, quero que me paguem as produções a preço justo!
Eu, produtor, quero que me ajudem a promover os meus produtos no mercado nacional, internacional. Como?... Então não era o momento exacto para lançar uma campanha publicitária, completamente transversal, apelando veementemente ao consumo do produto nacional, fazendo passar a mensagem de que o consumo dos nossos produtos podem significar um aumento, se existe, nos gastos familiares mas, comparado com o beneficios que teremos a curto prazo esse custo é irrisório.
Eu, Produtor, quero facilidades de contratação sazonal de mão de obra... a agricultura é uma actividade sazonal, ou não!!! Como é possível pagar os encargos com mão-de-obra que é necessária no Verão mas que durante os meses de Inverno não é necessária.
Eu, produtor, exijo dos governantes medidadas de defesa das nossas empresas agrícolas e agro-alimentares.
Eu, produtor, quero uma política estratégica definida - muito bem definida – capaz de orientar os empresários agrícolas e, que não mude com o ministro, lançando para o lixo os investimentos realizados até então. Uma estratégia de visão para o futuro, que projecte o país a longo prazo e não até às próximas eleições.
Eu produtor, exijo seriedade dos políticos e em toda a administração do estado.
Mas, os agricultores e/ou empresários agrícolas também têm uma tarefa importante a desempenhar na recuperação do momento actual da agricultura. Esta tarefa passa por produzir a custos caca vez mais baratos, ou seja, aproveitar os recursos de forma mais eficaz. Passa por valorizar os nossoa produtos e não os entregar a preços completamente proibitivos.
Em tempos falei com um alto quadro da grande distribuição e concluí que a grande distribuição está altamente organizada, sendo esta organização altamente especializada e profissional. Por outro lado, a montante deste negócio, a produção esta completamente desorganizada na comercialização, permitindo que a mais valia gerada no negócio raramente chegue ao produtor que é aquele que arca com a grande fatia do risco. É então urgente organizar a produção. É urgente criar uma organização transversal, que apoie e aproveite todas as estruturas existentes mas que tenha a capacidade de colocar os horticultores a falar a uma só voz, impedindo que os nossos produtos sejam concorrentes de si mesmos, fazendo desta forma que a muito bem organizada distribuição aproveite este fenómeno para fazer baixar o preço à produção.
Meus caros, reside aqui a diferença entre sorrir na agricultura ou acordar às 3 horas da manhã e não mais dormir. É obvio que temos que lutar.
Domingos Veloso
* Engº Domingos Veloso horticultor

terça-feira, 1 de março de 2011

Extra comunitários...


Recentemente foi lançado um alerta sanitário pelo RASFF (sistema de alerta rápido para alimentos)no qual alertava para a situação de tomates provenientes de marrocos terem sido encontrados em linhas de supermercados Suecos, nos quais tinham sido detectados resíduous de pesticidas de procimidona, um fungicida retirado da europa há vários anos. Também se detectaram resíduos de pesticidas (oxamilo e metamilo - também proíbidos na europa) em pimentos provenientes da Turquia!
Ora isto levanta-nos um problema (um porque afinal de contas são uma série deles...)de fiscalização (falta dela ou ineficácia da mesma) pelas autoridades competentes - estará em causa a saúde do consumidor?
Marrocos está aqui ao lado e os camiões que lá carregam entram no barco e vão direitinhos para os mercados europeus sem serem fiscalizados (parte deles, claro). Afinal de contas é tomate proveniente de produtores espanhóis, portugueses e outros, incluindo marroquinos que ao abrigo de protocolos entram na europa como que se na europa tivessem sido produzidos...
Da Turquia, com os Países de leste que entraram na comunidade, e devido à proximidade geográfica e política, o caso é semelhante...
Temos agora grandes grupos económicos que investem em todo o lado e de todo o lado importam mercadorias que chegam às nossas prateleiras!
De facto não há justiça neste mundo agrícola nem económico pois, os produtores nacionais, além de terem de cumprir regras muito mais apertadas e estarem sujeitos a uma desleal concorrência por via do preço exorbitante das matérias primas, estão também a competir com países onde a mão de obra custa por mês o valor de um almoço para 4 pessoas em Portugal ou de 1/3 de depósito de gasóleo de um qualquer automóvel...como se não bastasse, ainda se tem de competir com produtores que podem aplicar produtos fitofarmacêuticos que já não circulam na Europa!
Mete-me confusão que as grandes superfícies comerciais exijam protecção integrada aos agricultores, que cumpram as normas GLOBALGAP, certificação, etc, etc, etc e que, de repente, numa quebra qualquer da produção nacional (ou por outras razões - económicas...) importem de países onde as regras não são cumpridas (Marrocos por exemplo).
Depois fazem operações de charme o ano inteiro e o consumidor só se preocupa com o preço e com a vistosidade das coisas! E a qualidade alimentar?
Pois é... a qualidade alimentar não se vê, não se sente e não provoca danos no imediato, como tal tudo "marcha desde que bem apresentado" e nisso, bem, nisso há uns senhores que são especialistas...
O apelo e o grande objectivo desta publicação não é alarmar quem quer que seja, mas, simplesmente afirmar que a qualidade dos hortícolas produzidos em Portugal está ao mais alto nível em termos de segurança alimentar. Cabe a cada um de nós - consumidores - fazer um gesto tão simples como verificar a proveniência dos produtos e recusar os que são produzidos fora da comunidade europeia... se puderem consumir o que é português a economia nacional agradece, a segurança alimentar não é posta em causa e seremos todos muito mais felizes... vão ver!

Pulverizações e Pulverizadores 2

 Quando o tema é pulverizações e pulverizadores deparamo-nos com uma passividade assustadora no sector. Este ano houve (há) problemas fitoss...